Kidding
Não espero fazer muitas críticas, mas em alturas de Globos De Ouro quis deixar este apreço.
Não sou bom a falar das coisas que vejo, mas sei quando gosto e quando não gosto.
E neste caso adorei.
Pode-se encarar Kidding como um caso de “Quando o Mr. Rogers interage com o lado negro da vida.”
Jim Carrey é Jeff Pickles, um apresentador de televisão que usa fantoches para transmitir ensinamentos aos mais jovens, que perde um filho, separa-se da esposa e se vê a cair numa espiral numa espiral negativa.
Tudo isto enquanto tenta ser pai do filho sobrevivente, homem, figura pública e levar uma vida aparentemente normal.
Jim Carrey consegue fazer as expressões faciais que quer, isso é algo que sabemos. Vai desde o cómico-maníaco até ao depressivo-maníaco ]o maníaco é denominador comum a Carrey para mim, talvez o que o distinguiu tanto dos restantes ao longo da carreira[.
Acho que não é possível não relacionar a fase depressiva da vida de Carrey com a do Mr. Pickles: a morte da namorada/a morte
de um filho.
Este foi um ponto de grande interesse para mim: tentar ver semelhanças entre o Jim Carrey e o Jeff Pickles, e acho que o será para muitos outros fãs.
A série começa de maneira algo demorada nos primeiros 4/5 episódios, e a partir daí parte para algo que nos faz antecipar em que ponto acabará o Mr. Pickles.
Ver o Mr. Pickles a lutar com a negatividade do mundo á sua volta é admirável.
Morte, fluidez de género, homossexualidade num casal heterossexual,
Mas o programa não vive só do Jim Carrey: a personagem da irmã interpretada pela Catherine Keener é igualmente um deleite de observar.
Fica assim a dica em altura de prémios.
P.S. Atentem nest clip: